domingo, 4 de agosto de 2013

Música: Titãs


Titãs é uma das minhas bandas nacionais preferidas. Lembro de ouvir bastante, por influência de meus pais, quando era criança. Aprendi a gostar desde cedo de MPB e rock (e disco music dos anos 80), e agradeço aos meus pais por isso! =)

Um Bom Amigo

"Tempo, tempo, tempo..."
O tempo é um bom amigo. Aliás, um ótimo amigo, um dos melhores que a gente pode ter. Faz a gente relembrar coisas boas e sentir aquela saudadezinha agradável, aquele sentimento de nostalgia, que pra mim não faz mal, pelo contrário. Olho e sinto com bastante carinho aquilo que foi bom lá atrás, no passado. O tempo faz com que a gente amadureça, cresça e apareça, rs! A sabedoria é algo que, ao meu ver, só vem com o tempo e as experiências que a vida vai proporcionando. 

O tempo também faz a gente esquecer aquilo que não foi tão bom, ameniza os machucados e as dores da nossa alma. Creio que sempre dá pra tirar algo de bom da maioria das experiências que a gente tem, até mesmo das ruins. E às vezes só com o tempo é que a gente percebe o que uma vivência desagradável trouxe de bom para nós.

Olhando para a minha vida, pra esses 22 anos de muitos que ainda virão (se Deus quiser, amém), percebi o quanto a gente muda, não só fisicamente, mas no jeito de pensar, de se expressar. Às vezes num curto espaço de tempo mesmo, pequenas mudanças acontecem diariamente. Essa reflexão não veio da comparação entre a Izabella de agora e a adolescente ou de alguns anos atrás (até porque se fosse, era meio que comparar uma pessoa bem diferente da outra em muitos aspectos), mas a Izabella de um curto período de tempo atrás. Acho incrível como a gente muda, quando começa a se perceber e se sentir mais, quando começa a olhar pra si, pro que está sentindo, as emoções que determinada experiência proporciona. Foi bom perceber que ficar remoendo aquilo que faz mal não é legal (isso é tão óbvio, mas a pessoa é teimosa e às vezes rancorosa por demais). Pra quê ficar lembrando de algo ruim que já passou? Pra quê se torturar?

Muitas experiências dessas chatas que infelizmente (ou não) a gente vive nos deixam no mínimo mais fortes ou mais espertos. As vezes mais desconfiados ou com pé atrás, mas creio que essas últimas opções não são as melhores. As experiências que vivi, essas que me inspiraram a fazer este texto, me fizeram perceber o quão é importante olhar pra si, não só no sentido de se perceber, mas no sentido da responsabilidade que nós temos conosco mesmo e com os outros.

Quando acontece algo de errado, é mais fácil apontar mil e um culpados e não olhar pro nosso próprio umbigo, pro que a gente fez pra que isso acontecesse, pra nossa responsabilidade em tal ato. E receber a culpa de algo que você não fez pode ser muito doloroso, por mais besta que a coisa possa parecer para os outros. Foi falta de diálogo? Má comunicação? Algo não dito ou mal dito? Desatenção, exaltação? A gente nem sempre está preparado para lidar com o outro em sua plenitude, com todas as suas características, boas e ruins. E nem sempre se percebe enquanto responsável por si e pelo outro, pela relação e vivências que esta proporciona.

Estou aprendendo (e está sendo meio difícil, confesso) a aceitar e compreender o outro. O outro enquanto ser humano, que comete erros assim como eu ou qualquer pessoa, mas que está apto a mudanças, a ser uma pessoa melhor. Aprendendo a lembrar só as coisas boas, esquecer as experiências ruins, ou ao menos olhá-las de um modo diferente, sem mágoa ou raiva. A não julgar o outro, afinal cada um tem a sua história, o seu modo de ser e agir em relação às suas vivências e ao mundo. Enfim, espero ser uma boa aprendiz e que o tempo me ajude em relação a isso! 

Beijos e até mais!